Gás Natural
Novembro 8, 2023 | O Cara do Mercado
Segunda maior commodity energética do mundo
Nesse artigo você vai ver as informações mais importantes sobre o mercado de gás natural: onde ele é usado, quem são os maiores produtores, e como investir na segunda maior commodity energética do mundo.
O gás natural é um combustível fóssil não-renovável, como o carvão e o petróleo, e responsável por ¼ da produção da energia global. A cada ano são extraídos 4 trilhões de metros cúbicos de gás natural, um mercado de 1 trilhão de dólares, com metade do tamanho do petróleo, e nos últimos anos, esse mercado foi fortemente afetado por pandemias e guerras. Essa commodity tem 3 usos principais: por usinas termelétricas, para a produção de energia; por indústrias, como matéria-prima para a produção de plásticos, fertilizantes e produtos químicos, e por carros e residências.
Se um carro roda mais de mil quilômetros por mês, compensa instalar o kit do GNV, gás natural veicular, combustível que chega a gastar 40% menos que a gasolina.
Já no uso residencial, o gás natural aquece casas e escritórios em países frios, e nos demais países, se você mora em uma cidade grande, é provável que receba gás natural encanado na sua casa. Já em cidades menores, é mais comum utilizar o botijão de gás, que não vem do gás natural que a gente está tratando nesse vídeo, mas sim do GLP, o gás liquefeito de petróleo.
[inserir link petróleo]
O gás natural pode ser encontrado isolado ou próximo a reservas de carvão ou petróleo, e são formados da mesma forma: restos de animais e plantas são submetidos a intensa temperatura e pressão por centenas de milhões de anos e se tornam um hidrocarboneto gasoso.
Esse gás é extraído e refinado para retirar água, areia e outros resíduos, para ser canalizado em estado gasoso por gasodutos ou resfriado a -123º C para se tornar o GNL, gás natural liquefeito, pois líquido ele tem volume 600 vezes menor e é transportável por navio.
Desde fevereiro de 2022, a Europa praticamente parou de receber gás da Rússia, que era seu maior fornecedor há décadas, e passou a depender do gás natural liquefeito trazido de navio da Ásia e América, o que estimulou muito a construção de infraestrutura nos portos para essa forma líquida do gás natural.
Mesmo assim, o choque de oferta foi tão grande que o preço do gás atingiu máximas em agosto de 2022, incentivando sua substituição por carvão e outras fontes de energia, o que acabou derrubando depois o preço do gás.
Só na Europa, a demanda por gás natural caiu 1,5%, ou 55 bilhões de metros cúbicos, uma queda similar à primeira onda da Covid, também resultado de um inverno pouco rigoroso.
O preço do gás natural costuma subir quanto mais frio for o inverno no hemisfério norte, entre dezembro e março, e o fator clima também pode atrasar a produção de gás caso haja furacões ou tempestades nas áreas de produção.
Além do clima, podemos citar mais 3 fatores que impactam o preço do gás natural:
As maiores empresas produtoras de gás natural são, naturalmente, dos países produtores: a Gazprom e a Rosneft, da Rússia, as chinesas PetroChina e Sinopec, as americanas ExxonMobil e Chevron, além da British Petroleum e da Royal Dutch Shell. A Exxon e a Shell são conhecidas como boas pagadoras de dividendos nesse setor.
Todas essas são também grandes produtoras de petróleo, com a diferença que o mercado de gás natural cresceu mais de 2% ao ano na última década, muito mais que o petróleo, e a maior parte do gás é utilizada no país em que é produzido, enquanto no petróleo, ¾ são comercializados entre regiões. Os maiores consumidores de gás natural são os Estados Unidos, Rússia e China.
Além de investir diretamente em ações de empresas desse setor, você também pode utilizar ETFs para ter exposição ao gás natural no seu portfólio. Na Bolsa americana tem o UNG, que desde 2007 investe em contratos futuros de gás natural, ou o FCG, que reúne 40 empresas de gás natural, e você encontra BDRs na B3.
Confere o meu vídeo sobre o gás natural: